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Fórum do Búfalo Desenvolvimento Pessoal Outros Niilismo, a Gnose do Homem Pós-moderno
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Niilismo, a Gnose do Homem Pós-moderno
Offline Saoshyant
Rabi
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#1
17-08-2016, 02:47 PM (Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 20-08-2016, 01:11 AM por Saoshyant.)
Durante esses meses andei lendo muito alguns livros de Hermann Hesse, Dostoievski, Albert Camus e Goethe. Não sei o que está acontecendo ao certo, mas muito do que está acontecendo já foi explicado anos atrás por esses escritores e por vários outros que não irei citar aqui. Esse vazio existencial do homem desse tempo. Esse Niilismo prático que o mesmo adota, que além de ser pior que o Niilismo filosófico, se camufla com outros nomes, tais como "Cristianismo liberal", "Protestantismo moderno" ou "Catolicismo não-praticante". E também esse Relativismo Moral proveniente desse mesmo Niilismo, formam o corpo do Pós-modernismo. O corpo da Nova Era. Digo isso porque esse Niilismo é bem mais brutal que aquele Niilismo proposto por Nietzsche e pelos literatos russos ou alemães, pelo simples fato de negar a eficiência e as intervenções do verdadeiro Deus, o Deus Único, o Deus Superior e Exterior, e admitir unicamente a eficiência e ações do homem, o Deus Interior, o espírito divino e totalmente bom dos homens - como supôs Jean-Jacques Rousseau-, a suposta manifestação imanente e coletiva de um suposto Deus Gnóstico e Panteísta. Esse Niilismo prático que vemos em nossa época é nada mais e nada menos que o velho Gnosticismo, onde prevalece a crença em um Deus mau, o Demiurgo, e o Deus bom, que é uma espécie de Força Cósmica. Nos tempos atuais o Deus da fé Judaica e Cristã ocupa o lugar de Demiurgo na mente de inúmeros niilistas ou marxistas

Logo, para o homem deste tempo, de forma inconsciente, acreditar que o Deus único e verdadeiro, criador dos Céus e da Terra, é um Demiurgo é algo totalmente aceitável, pois é mais fácil para esse homem atual adorar uma Força Cósmica inconsciente, que habita unicamente dentro dos homens e que não possui valores morais fixos, do que adorar a um Deus pessoal e criador e detentor de uma moralidade perene e imutável. É mais fácil para esse homem atual se limitar à um reformulado culto à Gaia do que adorar um Deus transcendente e pessoal.

É mais fácil para os pós-modernos adorar a essa Força Cósmica do que aquele que para eles é um Demiurgo. É mais fácil acreditar inconscientemente em uma suposta Força Cósmica coletiva que habita no próprio homem e que no entanto não tem morada fixa do que crê no Demiurgo. Torna-se até mais agradável para esse homem acreditar que há um Deus interior nele, uma pequena emanação de Gaia e que justamente por isso ele pode criar as suas próprias regras e seus próprios valores, como tentam fazer as feministas ao dizerem: "Meu corpo, minhas regras!"

Depois de esclarecidos os pontos anteriores fica fácil entender que esse Niilismo do homem nascido no mundo pós-moderno e até o de alguns homens nascidos durante a época que denominamos modernidade é apenas um tijolo de uma construção anterior, que vem sendo executada ao longo de séculos e que foi alicerçada pelo Gnosticismo e pelas Religiões de Mistérios que o antecederam. É sempre mais do mesmo. O tijolo pode mudar a composição, mas pela sua forma irá continuar sendo um tijolo.

Quando os homens deste tempo abandonarem a Nova Era do Gnosticismo, camuflada de Niilismo e Relativismo Moral então será possível uma verdadeira mudança, um retorno ao Tao, ao Caminho, um retorno àquele que disse de si mesmo: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida." Porém, isso pode ser considerado muito improvável se for considerado o estado de decadência avançada do mundo atual. Para alguns poucos não-deterministas só com a intervenção do verdadeiro Deus, que ocupou o lugar de um Demiurgo no coração dos pós -modernos é que algo poderá se feito para mudar definitivamente o panorama desse tempo.

Pessoalmente credito que só nos resta continuarmos no caminhada em busca da evolução pessoal, cultivando a individualidade e uma boa existência, porém mantendo sempre um olhar para o Alto.

"Levantarei os meus olhos para os montes, de onde vem o meu socorro."
Salmos 121:1


Gostaria que os confrades meditassem nisso, fizessem um exame de consciência - como já recomendou o Professor Olavo de Carvalho - e deixassem aqui suas reflexões sobre isso, pois isso é um parte essencial da Realidade, que só aqueles que ingeriram - no sentido metafórico do termo - a Pílula Vermelha e agora buscam compreender essa Realidade podem aceitar.
“Faze da sabedoria a tua provisão para a viagem desde a juventude até a velhice, pois ela merece mais confiança que todos os outros bens.”
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Offline São Jorge
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#2
26-08-2016, 10:22 PM
Reconhecer a Deus como Pai, aceitar Sua Graça como único bem real e passar a depender d'Ele até o final de nossas vidas.

"Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros (Jo 13,34)"
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Offline canislupus
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#3
26-08-2016, 11:03 PM
Confrade.. eu não consigo relacionar gnosticismo e niilismo, são coisas antagônicas..

Gnosticismo ainda é uma crença, na verdade é uma vertente mística com influência até cristã, de certa forma. Niilismo é a afirmação do nada, o ateísmo puro, é contrario a qualquer tipo de crença. Uma coisa é acreditar que existe e ser indiferente ou discordar, outra é afirmar que não existe nada além.

Não quero te desafiar intelectualmente, só estou querendo debater a ideia , falo isso porque tem aparecido uns maluco no fórum que vc não pode discordar de uma vírgula que já vem querendo te fuzilar, mas espero que vc não seja assim rs
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Ausente Marcílio
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#4
27-08-2016, 01:18 PM
(17-08-2016, 02:47 PM)Saoshyant Escreveu: Durante esses meses andei lendo muito alguns livros de Hermann Hesse, Dostoievski, Albert Camus e Goethe.

Qual livro do Goethe ?
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Offline Héracles
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#5
27-08-2016, 01:23 PM (Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 27-08-2016, 01:25 PM por Héracles.)
eu to lendo um do nietzsche e não me pareceu nada niilista. Inclusive li um artigo falando sobre o pensamento dele e uma das coisas mais injustas q imputam nele é ele ser niilista.

mas vou terminar de ler pra fazer um comentário melhor. dostoiévski eu já li. é sensacional mesmo, todos deviam ler
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Offline Baralho
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#6
27-08-2016, 04:13 PM
Salve confraria do Fdb, e um salve também ao confrade saoshyant por esse tópico.

Permitam que possa colaborar pra um entendimento de alguns termos levantados no post inicial, embora no úlimo trecho pareça haver a indicação de meditarmos mais e postarmos menos.

Sobre alguns conceitos apresentados, e não foram poucos, vamos conhecer 2 importantes, mencionados na literatura cristã, tanto no Novo Testamento como na Didaque:

Gnosticismo e sua aproximação com o Cristianismo dos primeiros séculos
O maior perigo para a pureza doutrinária da fé cristã veio da filosofia grega; mais gentios do que judeus se converteram ao cristianismo. Entre estes estavam muitos filósofos e pensadores que queriam combinar cristianismo com filosofia, ou seja, vestir a filosofia helênica com uma roupagem cristã.
O gnosticismo, com efeito, a maior das ameaças filosóficas, chegou ao maximo de influência ao redor do ano 150; suas raízes estão fincadas nos tempos do Novo Testamento.
Paulo parece ter enfrentado uma forma incipiente de gnosticismo em sua carta aos colossenses.
A tradição cristã associou a origem do gnosticismo com Simão Mago, a quem Pedro repreendeu duramente, em At 8.19-24.
O gnosticismo surgiu do desejo humano de criar uma teodicéia, isto é, uma explicação para a origem do mal; os gnósticos identificavam a matéria com o mal, e procuravam uma forma de criar um sistema filosófico em que Deus como espírito seria livre da influência do mal (matéria) e no qual o homem seria identificado, no lado espiritual de sua natureza, com a divindade.
Era um sistema pretensamente lógico ou racional, que buscava explicar as grandes questões relacionadas com a origem do homem.
Queria assim, fazer uma sintese entre a filosofia helênica e o cristianismo.
os gnósticos, a exemplo dos gregos dos 2 primeiros capítulos de 1 Coríntios, procuravam pela sabedoria humana compreender as relações de Deus com o homem e evitar o que lhes parecia o estigma da cruz.
Foram necessárias a habilidade intelectual e a força espiritual de cristãos como o polemista Irineu e o desenvolvimento de uma regra de fé e um canon da Bíblia pela Igreja para superar a ameaça desse movimento ao cristianismo.
(N.d.A.) Se os gnósticos tivessem vencido, o cristianismo não teria passado de uma mera religião filosófica do mundo antigo.
A descoberta de cerca de 1 000 páginas de documentos a respeito do gnosticismo sírio e egípcio, em Nag Hamadi, no Alto Egito em 1943, nos dá uma idéia sobre suas doutrinas.

O dualismo era um dos principais fundamentos do gnosticismo. Os gnósticos, como fora mencionado, defediam uma separação entre os mundos material e espiritual. porque para eles a matéria estava sempre identificada com o mal e o espírito com o bem.
Por isto Deus não poderia ter criado este mundo material.
Então o vazio entre Deus e o mundo da matéria era preenchido pela idéia de um "demiurgo" que era uma serie de emanações do bem supremo do gnosticismo.
Essas emanações eram seres (como anjos) com pouco espírito e muita matéria.
O demiurgo, como uma dessas emanações, tinha bastante de espírito em si para ter um poder criativo e o bastante de matéria para criar o mundo material.
Os gnósticos identificaram então o demiurgo como Javé (o Yaweh) do Velho Testamento, por quem nutriam antipatia.

Docetismo

Pra interpretar Cristo, eles adotaram a doutrina conhecida como Docetismo.
Docetismo: essa palavra veio de um termo grego, dokeo, que significa parecer.
Como a matéria era do mal, Cristo não poderia ter um corpo humano, apesar de a Bíbla dizer o contrário.
Pois como bem espiritual absoluto, Cristo não poderia se misturar com a matéria; o homem Jesus era então, aceito como um 'fantasma' com aparência de corpo natural (docetismo) ou Cristo tomou o corpo de Jesus humano apenas por pouco tempo, entre o batismo do homem Jesus de Nazaré e o começo de seu martírio na cruz.
Cristo teria deixado então, segundo a doutrina gnóstica, o homem Jesus perecer na cruz.
A tarefa de Cristo assim, seria ensinar uma gnosis, um cohecimento especial, que ajudaria o homem a se salvar por um processo meramente intelectual (algo como uma iluminação de seu entendimento).

>> Foi usada nesse post como fonte de referência o livro "O Crisitanismo através dos séculos" de Earle Cairns, páginas 79 e 80.
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Offline Machado de Assis
Búfalo
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#7
27-08-2016, 06:27 PM
Apesar de o título desmentir, pelo que eu entendi do texto, o confrade do post inicial não toma o Gnosticismo pelo Niilismo, mas os relaciona em um plano não conceitual.

No que pude apreender do texto, a falta de compromisso [ou de fé, como queiram] da maioria das pessoas para com a verdadeira [no ponto de vista do confrade] Religião, faz com que elas, na prática, vivam e atuem como se não cressem nela, pois guardam apenas numa parte mística que ao mesmo tempo corresponde ao aspecto religioso faltante, mas que lhe prescinde os aspectos mais inerentes à fé, tais como as virtudes do sacrifício, da abnegação, da renúncia em favor do bem legítimo, etc.

Em última instância, este modo de conceber e "praticar" a religião leva as pessoas a se portarem totalmente alheias às determinações desta última, provocando como consequências últimas aquelas mesmas que seriam as do puro niilismo, quais sejam, as consequências da concepção do nada absoluto: despreocupação com o futuro a longo prazo, afinal, nada espera; egoísmo estimulado aos mais altos níveis; culto exacerbado ao prazer por si mesmo, a todo custo; ausência de freio moral, o que leva às mais tristes atrocidades; desrespeito aos direitos, aos bens e à vida; desaparecimento da noção de dever; dentre outras.

No que, em linhas gerais, estou de acordo com o confrade.
"Trata de saborear a vida; e fica sabendo, que a pior filosofia é a do choramingas que se deita à margem do rio para o fim de lastimar o curso incessante das águas. O ofício delas é não parar nunca; acomoda-te com a lei, e trata de aproveitá-la." - Trecho de Memórias Póstumas de Brás Cubas
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Offline Corpsegrinder
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28-08-2016, 09:17 AM (Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 28-08-2016, 09:20 AM por Corpsegrinder.)
(27-08-2016, 01:23 PM)Héracles Escreveu: eu to lendo um do nietzsche e não me pareceu nada niilista. Inclusive li um artigo falando sobre o pensamento dele e uma das coisas mais injustas q imputam nele é ele ser niilista.

mas vou terminar de ler pra fazer um comentário melhor. dostoiévski eu já li. é sensacional mesmo, todos deviam ler

Completando o comentário do confrade, o autor do post não foi coerente em falar sobre o niilismo de Nietzsche. O Niilismo que ele afirma em sua obra "Genealogia da Moral" é o niilismo cristão, que para ele é uma forma de negar os valores naturais humanos por uma moralidade transcendente sobrenatural, também, a forma que as pessoas lidam com problemas pois muitos lidam com isso como forma de uma vontade de força divina, aliviam o peso da existência sofrida não sabendo evoluir com a dor(O que foi abordado por algum post aqui no fórum sobre lidar com a dor, isso expressa um pouco o que Nietzsche queria dizer).
Outra coisa, é incoerente comparar niilistas(na visão não nietzschiana) com marxistas. O niilismo em si é uma descrença absoluta, então como podem marxistas que tem um ideal superior de sociedade serem considerados isso?
Eu penso que a decadência da sociedade vai muito além do que foi abordado no texto, não entrando no mérito de discutir a existência ou não de uma força superior, no entanto, muitas pessoas que deixam de acreditar nisso acabam-se desnorteadas, já que, isso virou um "modismo". As pessoas se dizem "libertadas" mas entram em um poço e não entendem por que estão ali. É muito fácil ler "O Anticristo" de Nietzsche e dizer que virou ateu, mas, quero ver ler todas as obras dele e captar a verdadeira essência do que o mesmo queria passar, que é sobre a vontade de potência e Eterno retorno, que não tem nada a ver com depressão/viadagem que as pessoas inventam por serem obras REALISTAS e não PESSIMISTAS como entendem.
Ademais, gnosticismo/agnosticismo está para saber assim como ateísmo/teísmo está para acreditar.
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Offline canislupus
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#9
01-09-2016, 01:16 AM
(27-08-2016, 06:27 PM)Don Clericuzio Escreveu: Apesar de o título desmentir, pelo que eu entendi do texto, o confrade do post inicial não toma o Gnosticismo pelo Niilismo, mas os relaciona em um plano não conceitual.

No que pude apreender do texto, a falta de compromisso [ou de fé, como queiram] da maioria das pessoas para com a verdadeira [no ponto de vista do confrade] Religião, faz com que elas, na prática, vivam e atuem como se não cressem nela, pois guardam apenas numa parte mística que ao mesmo tempo corresponde ao aspecto religioso faltante, mas que lhe prescinde os aspectos mais inerentes à fé, tais como as virtudes do sacrifício, da abnegação, da renúncia em favor do bem legítimo, etc.

Em última instância, este modo de conceber e "praticar" a religião leva as pessoas a se portarem totalmente alheias às determinações desta última, provocando como consequências últimas aquelas mesmas que seriam as do puro niilismo, quais sejam, as consequências da concepção do nada absoluto: despreocupação com o futuro a longo prazo, afinal, nada espera; egoísmo estimulado aos mais altos níveis; culto exacerbado ao prazer por si mesmo, a todo custo; ausência de freio moral, o que leva às mais tristes atrocidades; desrespeito aos direitos, aos bens e à vida; desaparecimento da noção de dever; dentre outras.

No que, em linhas gerais, estou de acordo com o confrade.

Concordo.. eu acho que estamos vivendo na verdade uma era satânica. O Anton de LAvey, fundador da igreja satanica disse isso com certeza e razao. As igrejas ditas cristas sao satanicas, as pessoas ditas cristas sao satanicas, ou seja, levam hedonismo como a razao de suas vidas. Os valores ja estao obsoletos..
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Offline Saoshyant
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#10
02-09-2016, 07:07 PM
(26-08-2016, 11:03 PM)canislupus Escreveu: Confrade.. eu não consigo relacionar gnosticismo e niilismo, são coisas antagônicas..

Gnosticismo ainda é uma crença, na verdade é uma vertente mística com influência até cristã, de certa forma. Niilismo é a afirmação do nada, o ateísmo puro, é contrario a qualquer tipo de crença. Uma coisa é acreditar que existe e ser indiferente ou discordar, outra é afirmar que não existe nada além.

Não quero te desafiar intelectualmente, só estou querendo debater a ideia , falo isso porque tem aparecido uns maluco no fórum que vc não pode discordar de uma vírgula que já vem querendo te fuzilar, mas espero que vc não seja assim rs

Confrade grande parte do que tentei fazer foi resumir um pouco do que Eric Voegelin tentou explicar à décadas atrás sobre o Gnosticismo moderno das Doutrinas Materialistas. Ele faz isso de forma magistral em sua obra "Ciência, Política e Gnosticismo". Não estou inventando nada. Além de Voegelin, Hans Jonas faz algo semelhante em sua obra "A Religião Gnóstica".
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Offline Saoshyant
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#11
02-09-2016, 07:11 PM
(28-08-2016, 09:17 AM)Corpsegrinder Escreveu:
(27-08-2016, 01:23 PM)Héracles Escreveu: eu to lendo um do nietzsche e não me pareceu nada niilista. Inclusive li um artigo falando sobre o pensamento dele e uma das coisas mais injustas q imputam nele é ele ser niilista.

mas vou terminar de ler pra fazer um comentário melhor. dostoiévski eu já li. é sensacional mesmo, todos deviam ler

Completando o comentário do confrade, o autor do post não foi coerente em falar sobre o niilismo de Nietzsche. O Niilismo que ele afirma em sua obra "Genealogia da Moral" é o niilismo cristão, que para ele é uma forma de negar os valores naturais humanos por uma moralidade transcendente sobrenatural, também, a forma que as pessoas lidam com problemas pois muitos lidam com isso como forma de uma vontade de força divina, aliviam o peso da existência sofrida não sabendo evoluir com a dor(O que foi abordado por algum post aqui no fórum sobre lidar com a dor, isso expressa um pouco o que Nietzsche queria dizer).
Outra coisa, é incoerente comparar niilistas(na visão não nietzschiana) com marxistas. O niilismo em si é uma descrença absoluta, então como podem marxistas que tem um ideal superior de sociedade serem considerados isso?
Eu penso que a decadência da sociedade vai muito além do que foi abordado no texto, não entrando no mérito de discutir a existência ou não de uma força superior, no entanto, muitas pessoas que deixam de acreditar nisso acabam-se desnorteadas, já que, isso virou um "modismo". As pessoas se dizem "libertadas" mas entram em um poço e não entendem por que estão ali. É muito fácil ler "O Anticristo" de Nietzsche e dizer que virou ateu, mas, quero ver ler todas as obras dele e captar a verdadeira essência do que o mesmo queria passar, que é sobre a vontade de potência e Eterno retorno, que não tem nada a ver com depressão/viadagem que as pessoas inventam por serem obras REALISTAS e não PESSIMISTAS como entendem.
Ademais, gnosticismo/agnosticismo está para saber assim como ateísmo/teísmo está para acreditar.

Confrade, o meu grande equívoco foi não ter citado Hans Jonas e Eric Voegelin na postagem inicial. Creio que se eu citasse esses autores antes tal equívoco seria evitado. Como eu já disse para outro confrade: Hans Jonas e Eric Voegelin já traçaram paralelos entre niilismo, materialismo e diversas correntes religioso-filosóficas antigas. O que fiz foi apenas tentar resumir a coisa.
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Offline Saoshyant
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#12
02-09-2016, 07:13 PM
(27-08-2016, 01:18 PM)Mondragon Escreveu:
(17-08-2016, 02:47 PM)Saoshyant Escreveu: Durante esses meses andei lendo muito alguns livros de Hermann Hesse, Dostoievski, Albert Camus e Goethe.

Qual livro do Goethe ?

O livro de Goethe ao qual me refiro é "Os Anos de Aprendizado de Wilhelm Meister".
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Offline Saoshyant
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02-09-2016, 07:16 PM (Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 02-09-2016, 07:16 PM por Saoshyant.)
(27-08-2016, 06:27 PM)Don Clericuzio Escreveu: Apesar de o título desmentir, pelo que eu entendi do texto, o confrade do post inicial não toma o Gnosticismo pelo Niilismo, mas os relaciona em um plano não conceitual.

No que pude apreender do texto, a falta de compromisso [ou de fé, como queiram] da maioria das pessoas para com a verdadeira [no ponto de vista do confrade] Religião, faz com que elas, na prática, vivam e atuem como se não cressem nela, pois guardam apenas numa parte mística que ao mesmo tempo corresponde ao aspecto religioso faltante, mas que lhe prescinde os aspectos mais inerentes à fé, tais como as virtudes do sacrifício, da abnegação, da renúncia em favor do bem legítimo, etc.

Em última instância, este modo de conceber e "praticar" a religião leva as pessoas a se portarem totalmente alheias às determinações desta última, provocando como consequências últimas aquelas mesmas que seriam as do puro niilismo, quais sejam, as consequências da concepção do nada absoluto: despreocupação com o futuro a longo prazo, afinal, nada espera; egoísmo estimulado aos mais altos níveis; culto exacerbado ao prazer por si mesmo, a todo custo; ausência de freio moral, o que leva às mais tristes atrocidades; desrespeito aos direitos, aos bens e à vida; desaparecimento da noção de dever; dentre outras.

No que, em linhas gerais, estou de acordo com o confrade.

Ótima reflexão confrade. Creio que você conseguiu captar o sentido do post. A única coisa que tentei fazer foi traçar um paralelo entre correntes de pensamento antigas e modernas. Não fiz nada de novo, além de tentar resumir estudos de estudiosos de peso como os que citei.
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Offline Saoshyant
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(27-08-2016, 04:13 PM)Baralho Escreveu: Salve confraria do Fdb, e um salve também ao confrade saoshyant por esse tópico.

Permitam que possa colaborar pra um entendimento de alguns termos levantados no post inicial, embora no úlimo trecho pareça haver a indicação de meditarmos mais e postarmos menos.

Sobre alguns conceitos apresentados, e não foram poucos, vamos conhecer 2 importantes, mencionados na literatura cristã, tanto no Novo Testamento como na Didaque:

Gnosticismo e sua aproximação com o Cristianismo dos primeiros séculos
O maior perigo para a pureza doutrinária da fé cristã veio da filosofia grega; mais gentios do que judeus se converteram ao cristianismo. Entre estes estavam muitos filósofos e pensadores que queriam combinar cristianismo com filosofia, ou seja, vestir a filosofia helênica com uma roupagem cristã.
O gnosticismo, com efeito, a maior das ameaças filosóficas, chegou ao maximo de influência ao redor do ano 150; suas raízes estão fincadas nos tempos do Novo Testamento.
Paulo parece ter enfrentado uma forma incipiente de gnosticismo em sua carta aos colossenses.
A tradição cristã associou a origem do gnosticismo com Simão Mago, a quem Pedro repreendeu duramente, em At 8.19-24.
O gnosticismo surgiu do desejo humano de criar uma teodicéia, isto é, uma explicação para a origem do mal; os gnósticos identificavam a matéria com o mal, e procuravam uma forma de criar um sistema filosófico em que Deus como espírito seria livre da influência do mal (matéria) e no qual o homem seria identificado, no lado espiritual de sua natureza, com a divindade.
Era um sistema pretensamente lógico ou racional, que buscava explicar as grandes questões relacionadas com a origem do homem.
Queria assim, fazer uma sintese entre a filosofia helênica e o cristianismo.
os gnósticos, a exemplo dos gregos dos 2 primeiros capítulos de 1 Coríntios, procuravam pela sabedoria humana compreender as relações de Deus com o homem e evitar o que lhes parecia o estigma da cruz.
Foram necessárias a habilidade intelectual e a força espiritual de cristãos como o polemista Irineu e o desenvolvimento de uma regra de fé e um canon da Bíblia pela Igreja para superar a ameaça desse movimento ao cristianismo.
(N.d.A.) Se os gnósticos tivessem vencido, o cristianismo não teria passado de uma mera religião filosófica do mundo antigo.
A descoberta de cerca de 1 000 páginas de documentos a respeito do gnosticismo sírio e egípcio, em Nag Hamadi, no Alto Egito em 1943, nos dá uma idéia sobre suas doutrinas.

O dualismo era um dos principais fundamentos do gnosticismo. Os gnósticos, como fora mencionado, defediam uma separação entre os mundos material e espiritual. porque para eles a matéria estava sempre identificada com o mal e o espírito com o bem.
Por isto Deus não poderia ter criado este mundo material.
Então o vazio entre Deus e o mundo da matéria era preenchido pela idéia de um "demiurgo" que era uma serie de emanações do bem supremo do gnosticismo.
Essas emanações eram seres (como anjos) com pouco espírito e muita matéria.
O demiurgo, como uma dessas emanações, tinha bastante de espírito em si para ter um poder criativo e o bastante de matéria para criar o mundo material.
Os gnósticos identificaram então o demiurgo como Javé (o Yaweh) do Velho Testamento, por quem nutriam antipatia.

Docetismo

Pra interpretar Cristo, eles adotaram a doutrina conhecida como Docetismo.
Docetismo: essa palavra veio de um termo grego, dokeo, que significa parecer.
Como a matéria era do mal, Cristo não poderia ter um corpo humano, apesar de a Bíbla dizer o contrário.
Pois como bem espiritual absoluto, Cristo não poderia se misturar com a matéria; o homem Jesus era então, aceito como um 'fantasma' com aparência de corpo natural (docetismo) ou Cristo tomou o corpo de Jesus humano apenas por pouco tempo, entre o batismo do homem Jesus de Nazaré e o começo de seu martírio na cruz.
Cristo teria deixado então, segundo a doutrina gnóstica, o homem Jesus perecer na cruz.
A tarefa de Cristo assim, seria ensinar uma gnosis, um cohecimento especial, que ajudaria o homem a se salvar por um processo meramente intelectual (algo como uma iluminação de seu entendimento).

>> Foi usada nesse post como fonte de referência o livro "O Crisitanismo através dos séculos" de Earle Cairns, páginas 79 e 80.

Você captou bem confrade, o sentido do termo Gnosticismo. O que fiz foi tentar fazer acender a chama do interesse por esse tema nos confrades.
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02-09-2016, 07:22 PM
(27-08-2016, 01:23 PM)Héracles Escreveu: eu to lendo um do nietzsche e não me pareceu nada niilista. Inclusive li um artigo falando sobre o pensamento dele e uma das coisas mais injustas q imputam nele é ele ser niilista.

mas vou terminar de ler pra fazer um comentário melhor. dostoiévski eu já li. é sensacional mesmo, todos deviam ler

Sim confrade, é realmente complexa a classificação do pensamento de Nietzsche, pois em relação à um homem que diz negar tudo é quase impossível imputá-lo algo, pelo menos no plano das idéias. É difícil classificá-lo, mas sobre isso que o Pondé pode nos dar alguma luz.
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#16
05-09-2016, 08:49 AM
(02-09-2016, 07:07 PM)Saoshyant Escreveu:
(26-08-2016, 11:03 PM)canislupus Escreveu: Confrade.. eu não consigo relacionar gnosticismo e niilismo, são coisas antagônicas..

Gnosticismo ainda é uma crença, na verdade é uma vertente mística com influência até cristã, de certa forma. Niilismo é a afirmação do nada, o ateísmo puro, é contrario a qualquer tipo de crença. Uma coisa é acreditar que existe e ser indiferente ou discordar, outra é afirmar que não existe nada além.

Não quero te desafiar intelectualmente, só estou querendo debater a ideia , falo isso porque tem aparecido uns maluco no fórum que vc não pode discordar de uma vírgula que já vem querendo te fuzilar, mas espero que vc não seja assim rs

Confrade grande parte do que tentei fazer foi resumir um pouco do que Eric Voegelin tentou explicar à décadas atrás sobre o Gnosticismo moderno das Doutrinas Materialistas. Ele faz isso de forma magistral em sua obra "Ciência, Política e Gnosticismo". Não estou inventando nada. Além de Voegelin, Hans Jonas faz algo semelhante em sua obra "A Religião Gnóstica".

Legal.. vou ler esse livro então. Valeu confra
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#17
05-09-2016, 10:05 AM
Essa semana eu vi um betoso pagando de niilista só pra tentar chamar a atenção de uma perva metida a filosofa de facebook. Eu fiquei facepalm:

A que ponto as coisas chegaram....:rage
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05-09-2016, 10:59 PM
(02-09-2016, 07:16 PM)Saoshyant Escreveu:
(27-08-2016, 06:27 PM)Don Clericuzio Escreveu: Apesar de o título desmentir, pelo que eu entendi do texto, o confrade do post inicial não toma o Gnosticismo pelo Niilismo, mas os relaciona em um plano não conceitual.

No que pude apreender do texto, a falta de compromisso [ou de fé, como queiram] da maioria das pessoas para com a verdadeira [no ponto de vista do confrade] Religião, faz com que elas, na prática, vivam e atuem como se não cressem nela, pois guardam apenas numa parte mística que ao mesmo tempo corresponde ao aspecto religioso faltante, mas que lhe prescinde os aspectos mais inerentes à fé, tais como as virtudes do sacrifício, da abnegação, da renúncia em favor do bem legítimo, etc.

Em última instância, este modo de conceber e "praticar" a religião leva as pessoas a se portarem totalmente alheias às determinações desta última, provocando como consequências últimas aquelas mesmas que seriam as do puro niilismo, quais sejam, as consequências da concepção do nada absoluto: despreocupação com o futuro a longo prazo, afinal, nada espera; egoísmo estimulado aos mais altos níveis; culto exacerbado ao prazer por si mesmo, a todo custo; ausência de freio moral, o que leva às mais tristes atrocidades; desrespeito aos direitos, aos bens e à vida; desaparecimento da noção de dever; dentre outras.

No que, em linhas gerais, estou de acordo com o confrade.

Ótima reflexão confrade. Creio que você conseguiu captar o sentido do post. A única coisa que tentei fazer foi traçar um paralelo entre correntes de pensamento antigas e modernas. Não fiz nada de novo, além de tentar resumir estudos de estudiosos de peso como os que citei.

Muito bom, confrade. Pois saiba que seu esforço valeu a pena, já que me interessei pelas obras e autores que você citou. Estou precisando mesmo ler algo deste teor para estimular raciocínios mais elaborados. Tenho ficado bastante na minha área de atuação profissional e isso, de certa maneira, acaba me "travando" a mente para outras coisas. Voltarei a ler mais, sobretudo filosofia.

Obrigado pelo incentivo à boa leitura, confrade.
"Trata de saborear a vida; e fica sabendo, que a pior filosofia é a do choramingas que se deita à margem do rio para o fim de lastimar o curso incessante das águas. O ofício delas é não parar nunca; acomoda-te com a lei, e trata de aproveitá-la." - Trecho de Memórias Póstumas de Brás Cubas
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20-09-2016, 09:12 PM (Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 20-09-2016, 09:13 PM por Baralho.)
O Niilismo é, não por acaso, fonte onde alimentou-se o relativismo, sócio-materialismo, e afins, para 'conduzir' vários países a uma nova realidade sem divindade (não somente a figura de Deus professado no cristianismo).

Em contraste o Nada niilista, em vez de libertar o homem como seria, em princípio, pensado, o joga num mar de vazios.

Mar revolto ou calmo, de todo modo, que pode o paralisar em ser atuante na construção de legados, ideais e até de história, por que se tudo é nada e somos parte de um 'grande acaso' por que esperar fazer/ser algo além da nossa própria existência, além do nosso tempo?

Seríamos cada qual como 'sísifo', paralisados em um redundante e eterno enxugamento de gelo?

Como superação do consequente efeito paralisante é, segundo Cancian, a rendição ao subjetivo. “Não há para onde fugir: temos de encarar nossa condição de existência em nosso elemento, a subjetividade. São nossas pequenas fantasias humanas que apesar de todo o nada, nos permitem levar a vida adiante, ainda que isso não faça sentido algum".

Paradoxalmente a resposta a essa ideia de 'liberdade' (livre das religiões e dos mitos, do subjetivo) seria exatamente a liberdade de sonhar e de crer.
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#20
30-10-2016, 04:02 PM
(20-09-2016, 09:12 PM)Baralho Escreveu: O Niilismo é, não por acaso, fonte onde alimentou-se o relativismo, sócio-materialismo, e afins, para 'conduzir' vários países a uma nova realidade sem divindade (não somente a figura de Deus professado no cristianismo).

Em contraste o Nada niilista, em vez de libertar o homem como seria, em princípio, pensado, o joga num mar de vazios.

Mar revolto ou calmo, de todo modo, que pode o paralisar em ser atuante na construção de legados, ideais e até de história, por que se tudo é nada e somos parte de um 'grande acaso' por que esperar fazer/ser algo além da nossa própria existência, além do nosso tempo?

Seríamos cada qual como 'sísifo', paralisados em um redundante e eterno enxugamento de gelo?

Como superação do consequente efeito paralisante é, segundo Cancian, a rendição ao subjetivo. “Não há para onde fugir: temos de encarar nossa condição de existência em nosso elemento, a subjetividade. São nossas pequenas fantasias humanas que apesar de todo o nada, nos permitem levar a vida adiante, ainda que isso não faça sentido algum".

Paradoxalmente a resposta a essa ideia de 'liberdade' (livre das religiões e dos mitos, do subjetivo) seria exatamente a liberdade de sonhar e de crer.

Exatamente confrade. E digo mais. Já fui um Niilista na prática, apesar de minha pouca idade, eu já estive afundado numa verdadeira fossa espiritual e fui inventar de me dedicar à Nietzsche e Cioran. Sei que deixei isso graças ao Professor Olavo de Carvalho, Karl Jaspers e outros autores correlatos.
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