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Fórum do Búfalo Desenvolvimento Pessoal Outros [REFLEXÃO] Percepção: Realidade ou Projeção?!
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[REFLEXÃO] Percepção: Realidade ou Projeção?!
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#1
16-09-2014, 02:45 PM




Percepção: Realidade ou Projeção?!




Se pararmos para refletir sobre percepção, levaremos a uma questão muito pertinente. Seria a percepção, realidade ou projeção?! Vamos entender o conceito de percepção para aprofundarmos essa reflexão.


Percepção é a função cerebral que atribui significado a estímulos sensoriais, a partir de histórico de vivências passadas. Através da percepção um indivíduo organiza e interpreta as suas impressões sensoriais para atribuir significado ao seu meio. Consiste na aquisição, interpretação, seleção e organização das informações obtidas pelos sentidos. A percepção pode ser estudada do ponto de vista estritamente biológico ou fisiológico, envolvendo estímulos elétricos evocados pelos estímulos nos órgãos dos sentidos. Do ponto de vista psicológico ou cognitivo, a percepção envolve também os processos mentais, a memória e outros aspectos que podem influenciar na interpretação dos dados percebidos.


Muitos psicólogos cognitivos e filósofos de diversas escolas, sustentam a tese de que, ao transitar pelo mundo, as pessoas criam um modelo mental de como o mundo funciona (paradigma). Ou seja, elas sentem o mundo real, mas o mapa sensorial que isso provoca na mente é provisório, da mesma forma que uma hipótese científica é provisória até ser comprovada ou refutada ou novas informações serem acrescentadas ao modelo.


À medida que adquirimos novas informações, nossa percepção se altera. Diversos experimentos com percepção visual demonstram que é possível notar a mudança na percepção ao adquirir novas informações. Nós percebemos as coisas em vários níveis de consciência. No nível mais básico, existe a percepção neurológica, a maneira como percebemos as coisas baseadas no sensorial. Esse nível de percepção está baseado no funcionamento dos nossos receptores finais (ou seja, os nossos olhos, ouvidos, pele, nariz, língua e boca, ouvido interno, etc).


Se houver danos no receptor final, será afetada a nossa capacidade de captar informações das manifestações da energia do mundo, algumas vezes completamente cortada de modo que não perceberemos nada, ou de forma limitada ou muito distorcida.


Sempre haverá alguma variação ou diferença entre os indivíduos na forma como nós captamos neurologicamente as informações visuais, auditivas, táteis cinestésicas, proprioceptivas, olfativas e gustativas. O que nós registramos no nosso íntimo em termos do que vemos depende do nosso equipamento neurológico.


A cor é um bom exemplo. Cor, como tal, não existe no mundo "externo", é uma função do bastonete (receptor fotossensível da retina) nos nossos olhos. Nesse sentido, percebemos cor quando a nossa retina associa as diferenças na reflexão ou na absorção da luz no espectro eletromagnético.


Será que isso prova que "a percepção é projeção"?! Seria, se não houvesse nada "lá fora" para perceber, se não houvesse território, nenhum dado para detectar, nenhuma informação para absorver, resumir e processar. No entanto, existe.


Como nós especificamente detectamos, absorvemos, processamos, simplificamos e associamos, o território do campo eletromagnético difere minimamente entre nós e numa extensão muito maior entre as diferentes espécies de animais, também existe algo "lá fora". Nesse sentido, a percepção não é apenas parcialmente uma projeção, também é detecção.


Se nós mudamos os níveis da percepção, nós podemos nos movimentar dentro "do teatro da nossa mente" e notar o que e como nós representamos as coisas que nós neurologicamente captamos através dos nossos receptores sensoriais e, aparentemente, apresentá-las de novo a nós mesmos. Eu digo "aparentemente" porque na realidade não existe nenhum cinema na mente, nenhuma tela, nenhuma imagem literal, sons, sensações, cheiros, sabores, etc. Apenas parece dessa forma.


Essa cópia do mundo que nós representamos dentro da nossa “mente" (nosso processamento mental) nos fornece as “linguagens da mente", através das quais podemos "comandar nosso próprio cérebro" e controlar os sinais que enviamos para nosso sistema corpo-mente. É dessa forma que nós nos induzimos a estados do corpo-mente-emoção.


Aqui, também somos diferentes em um grau muito maior do que no nível da percepção neurológica. O que nos lembramos para representar, o que prestamos atenção, em que sistema sensorial nós cuidamos das coisas, a qualidade das nossas imagens internas, dos sons, das sensações, etc.





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#2
16-09-2014, 02:46 PM (Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 16-09-2014, 02:47 PM por Mandrake.)




Todas essas coisas desempenham um papel crítico no que nós percebemos de forma representacional. Então, "Se eu pudesse captar o teatro da sua mente e visse e ouvisse o que você está vendo e ouvindo, o que eu veria e ouviria?"


Essa é a genialidade do modelo de comunicação da PNL como foi observado por Bateson em seu prefácio no livro The Structure of Magic (1975). Ao fundamentar a base do modelo dos sistemas sensoriais, surgiram na PNL as “linguagens da mente" que é usado para criar nossos mapas internos sobre o mundo "lá fora".


Mas a percepção é apenas uma projeção nesse nível? Será que podemos reproduzir ou fazer imagens, sons, sensações, cheiros e sabores no filme da nossa mente semelhantes ao que uma câmera, um gravador ou outro dispositivo extra neural também poderia captar e detectar? E se uma câmera ou um dispositivo eletrônico não humano captasse e "percebesse" como nós, então a percepção não pode ser tudo projeção.


Novamente, é também, em parte, detecção - é em parte a capacidade dos nossos receptores sensoriais e da codificação representacional para captar o que está "lá fora".


Na Percepção Conceitual, passamos para os meta-níveis que nós realmente começamos a diferenciar um do outro. Aqui o nosso mapeamento mental constrói todos os tipos dos vários contextos como nós os trazemos para existência.


Aqui usamos palavras e linguagem para o meta-estado das classificações e categorias. Aqui nós inventamos esquemas que investem significados de nível mais elevado em coisas. Aqui nós concebemos e conceituamos em termos de ideias mais abstratas - esperanças, sonhos, visões, valores, expectativas, intenções, decisões, memórias, imaginações, e dezenas de outros "níveis lógicos" que podemos criar em nossa mente.


É aqui que as nossas percepções são altamente idiossincráticas e individuais. Aqui nós inventamos nossos céus e infernos, aqui nós afloramos para novos conhecimentos e percepções sobre as coisas, aqui nós construímos os sistemas humanos dos símbolos e estruturas simbólicas dos significados da ciência, da arte, estética, propósito, destino, etc.
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#3
16-09-2014, 02:46 PM (Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 16-09-2014, 02:47 PM por Mandrake.)



De novo: É toda essa percepção apenas uma projeção, ou é possível que possamos detectar e captar uns dos outros e dos seres humanos que viveram há milhares de anos as ideias e sonhos que eles criaram?


Sim, mesmo aqui, não é tudo projeção, mas também detecção parcial. Podemos ler Aristóteles e descobrir as ideias conceituais que o estimularam e o levaram a construir muitas das categorias que até hoje achamos úteis e valiosas.


Certamente que a nossa compreensão dos conhecimentos dele são influenciados por milhares de outras ideias, experiências e coisas da nossa história de vida, mas não é tudo projeção nossa, é até certo grau o que temos detectado dele. Nós hoje temos uma espécie de vida ligada ao tempo porque nós podemos ler o que ele escreveu em seus manuscritos e trazer essas ideias para a nossa neurologia e experimentá-las.


Na psicologia e especialmente na psicanálise freudiana, a projeção descreve um mecanismo de defesa. É o que nós projetamos para o mundo. Na psicologia Gestalt, a projeção era vista como parte da nossa maneira de ver as coisas. Isso é porque cada Gestalt é em parte o que está lá fora e parte do que trazemos para o assunto. Nas imagens em primeiro plano e nas de fundo e nos testes de psicologia da Gestalt, os teóricos e os primeiros psicólogos da Gestalt procuraram compreender o que as pessoas traziam para o assunto usando objetos vagos e ambíguos.


Que nós projetamos as nossas ideias, mapas, entendimentos e filmes mentais para o mundo dos objetos, das pessoas e das experiências, não está em questão. Claro que fazemos. Nós não podemos deixar de fazer isso.


Na PNL e na Neurossemântica usamos esse princípio para entrar de forma mais completa no “modelo de mundo” único da pessoa, combinar e espelhar o que a pessoa apresenta, a fim de entrar em sua matriz de contextos. O que ela vê, ouve, sente e o que ela entende, a crença, o valor, a intenção, etc., reflete os modelos de mundo, a matriz dela.


Mas não é tudo exclusiva ou totalmente projeção. Todos nós construímos os nossos modelos mentais a partir dos acontecimentos, experiências e interações que encontramos na vida. Nós construímos a nossa matriz de contextos das coisas que os outros dizem ou fazem. O "mundo" penetra. Não penetra sem filtros. Nós o filtramos, o detectamos, o assimilamos e depois criamos as nossas cópias nos mapas representacionais e conceituais que criamos.


O pensamento “tudo ou nada” da frase super simplificada "a percepção é projeção", falha em reconhecer a maneira que nós, como cartógrafos e produtores de filmes, na verdade, construímos os mapas do território. Falha em reconhecer a natureza interativa do nosso mapeamento com o território.


Os mecanismos de modelagem que Bandler e Grinder detalharam em seus primeiros livros falam sobre como nós "deixamos de fora as características" (excluímos os dados), generalizamos as informações para criar crenças e conceitos de nível mais elevado, e alteramos ou distorcemos os dados quando construímos os nossos mapas. Tudo isso vem dos bilhões e bilhões de bites de informação que estão "lá fora" e aos quais nós reagimos. A percepção é em parte detecção.
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#4
16-09-2014, 02:47 PM (Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 16-09-2014, 02:57 PM por Mandrake.)




Sendo ecológico em relação a percepção



Ao dar e receber feedback, que é uma habilidade interpessoal crítica no coaching, no treinamento, na terapia, na administração, nos cuidados paternos e nos relacionamentos amorosos, se é tudo projeção, então não tem nada que realmente possamos oferecer um ao outro como feedback correcional. Então, de fato, não haveria feedback. No entanto, se é parte projeção e parte detecção, então pode haver feedback - preciso, útil, baseado no sensorial e um feedback importante.


Se o feedback, como uma habilidade interpessoal de coaching e de gestão, é uma habilidade importante, então quanto mais clara for a nossa percepção, mais útil e valioso o nosso feedback. Isso significa que nós podemos realmente trabalhar em nossas percepções para aprender a perceber com mais precisão e com menor projeção. Isso é possível?


Maslow pensava assim. De fato, ele descreve isso como um dos sinais da pessoa auto-realizada saudável que funciona não de uma necessidade/deficiência, mas de uma necessidade/crescimento. Ele recomenda uma percepção que não seja baseada em uma necessidade/interesse, mas numa necessidade/desinteresse, uma percepção separada, uma percepção menos desejosa que estava pronta e capaz de ver coisas como elas eram sem precisar que fossem de uma maneira ou outra, uma percepção não julgadora.


Aí, ele descreve a pessoa auto-realizada como tendo uma “percepção superior da realidade”.


Citar:
"A pessoa auto-realizada é mais capaz de perceber o mundo como se ele fosse independente, não apenas dela, mas também dos seres humanos em geral. Isso também tende a ser verdadeiro para o ser humano médio em seus momentos mais elevados, ou seja, em suas experiências de pico.


Ele pode, então, mais facilmente olhar para a natureza como se ela estivesse lá em si e para si, e não simplesmente como se fosse um playground humano ali colocado para fins humanos... Ter conhecimento sobre isso parece tornar a percepção mais rica."
(pp. 76-77, Toward a Psychology of Being).


"A percepção deve ser suave, atenciosa, não intrometida, complacente, capaz de se ajustar passivamente à natureza das coisas..."


Se a percepção não é tudo projeção, mas em parte detecção, e se nós podemos "perder a nossa meta-mente" para que possamos vir cada vez mais para o momento, para a experiência, então nós podemos desenvolver a percepção mais limpa e mais clara do que ela é.


E isso nos oferece uma habilidade poderosa que propicia sucesso já que isso nos permite usar o feedback para um aperfeiçoamento, aprendizado e ajustes contínuos.


Portanto, a percepção não é apenas uma projeção, também é detecção. Super-simplificar a percepção como apenas projeção faz uma injustiça a nós, e no final pode nos levar à rejeição do feedback e da incapacidade de desenvolver um meta-estado sólido para receber feedback de forma eficaz.


Porque a percepção não é apenas uma projeção, nós podemos aprender a perder a nossa meta-mente de julgamentos, avaliações e critérios e estar mais no presente.


Podemos aprender a tornar a nossa percepção mais limpa e mais clara. Nós podemos aprender a dar feedback mais claros quando nós entramos mais frequentemente para o estado de saber/não saber e o estado de consciência não-julgadora.








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Meta: Radical que define o que existe num nível lógico diferente. Derivado do grego, significa "acima" ou "além".

Meta-Estado: Estado sobre estados. Por exemplo, ter raiva de estar cansado

Gestalt: ver (http://pt.wikipedia.org/wiki/Gestalt)

Neurossemântica: Modelo criado a partir da PNL, pelo Dr. Michael Hall que é especialista na área da psicologia cognitiva comportamental. Semântica é a exploração dos significados, que você gera como um criador de significados. Neurologia (neuro), refere-se ao seu corpo, fisiologia e seus estados. É nela e através dela que você sente, experiencia coisas, e executa a performance dos seus significados. Neurossemântica facilmente dizendo, é a sua neurologia e os seus significados; é como você incorpora os significados que inclui em sua vida e como cria o que para você faz sentido na vida.


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