15-11-2013, 12:53 PM
(15-11-2013, 12:03 PM)Sedsage Escreveu:Mishkin Escreveu:Pra mim ficou incoerente o que ele disse: não devemos ter apego "carnais", como mulheres, dinheiro e status, ou seja, o tipo de coisa que naturalmente nos fazem inflar o ego e nos sentir bem, em prol de um apego espiritual/religioso, "algo maior do que nós".
Ninguém disse que isso não te faz bem e que você não deva desejar mulheres, dinheiro ou status. A questão é não ser apegado a essas coisas, dando a elas apenas o real valor que têm.
Desejar uma coisa, não é sinal de apego? Se eu fosse indiferente, o normal não seria ignorar? Olavo cita nesse vídeo que podemos apenas abraçar o que a vida nos oferece "de graça". Eu desconheço qualquer coisa boa que venha até mim por conta própria.
No entanto, o que se defende aqui é que haja na verdade um equilíbrio, válido em qualquer campo de nossas vidas.
Particularizando, não sigo nenhuma religião e não tenho a disposição de seguir nenhum conjunto de dogmas ou crenças. Não poderei então atingir o desapego proposto por Olavo.
Se você segue a Real, de certa forma segue um conjunto de dogmas ou crenças. E o desapego é um dos pilares desse conjunto.
Discordo que a Real seja feita de dogmas. Um dogma é "um ponto fundamental e indiscutível de uma crença." Praticamente tudo o que temos aqui é passível de discussão.
Eu tenho é claro, objetivos a conquistar, que são bastante mesquinhos uma vez que envolvem apenas a minha pessoa e resultam apenas no meu crescimento. Se eu atingi-los, terei provavelmente, como consequência, bens materiais, status, e com isso, mulheres.
Então seu desenvolvimento pessoal não é um fim em si, mas um meio para obter mulheres. Desculpe, confrade, mas isso é apego, é Matrix.
Quando estabeleci minhas metas não as fiz objetivando mulheres, sei no entanto, que um homem "bem resolvido" (me falta um termo melhor) é coisa rara e valiosa hoje em dia, atraindo assim o interesse do sexo oposto. Por isso citei no meu texto mulheres como consequência do binômio dinheiro+status e estes sim, resultado dos meus planos.
Não faço nada planejado pensando nos outros (exceto talvez, em função dos familiares), entretanto enquanto estou trilhando este caminho (ou seja, até o dia de minha morte), forneço uma ajuda quando julgo necessário a quem encontro pelo frente. Somente é claro quando essa ajuda não me impede e nem atrasa o alcance de minhas metas. Considero isso o equilíbrio citado anteriormente.
Portanto, sempre coloco os interesses pessoais em favor dos interesses alheios, o que, na falta de religiosidade de minha parte, seria o único "bem maior" no qual posso trabalhar.
Isso já vinha me incomodando faz algum tempo e esse vídeo do Olavo fortaleceu a dúvida que tenho nesses aspecto. Alguém pode oferecer um contraponto nesse assunto?
Mas não é preciso ser religioso para pensar em interesses alheios e colocar interesses pessoais em primeiro lugar não vai contra religião nenhuma. Quanto ao "bem maior", você está se referindo a quê, especificamente?
Bem maior seria uma referência a "algo maior do que nós" que o Olavo mencionou. Algo pelo qual vivemos, indeferente de nossos interesses carnais.
Fico pensando se é desejável que realmente façamos algo pelas outras pessoas, isto é, trabalhemos para elas.