03-01-2016, 03:24 PM
(Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 03-01-2016, 03:26 PM por Remy LeBeau.)
Essa questão de jogar o complexo de vira-latas do brasileiro a figuras exteriores, talvez seja a origem da peculiar característica de transferir a culpa. Na verdade o complexo se forma pela estrutura decadente que o brasileiro se acostuma a ver no dia-a-dia, seja a corrupção, a pobreza, o "jeitinho", a violência e a negação dos direitos mais básicos. Essa desesperança se forma, quando se tem contato com realidades mais interessantes do exterior, seja em uma viagem / relato ou pela TV, por isso essa característica peculiar de valorizar aquilo que vem de fora, porque sabemos a qualidade da realidade brasileira.
Não é falta de patriotismo, é simplesmente a realidade: fatos.
Rotular o Brasil como o "país do futuro" já é feito desde a época do regime militar. E que futuro é esse que nunca chegou? Falta quanto tempo para ele chegar?
Ele nunca chegará enquanto essa realidade continuar dessa forma, e para vencê-la falta vontade. E a vontade falta porque a preguiça impera, e porque há muito interesse em que a população continue assim. E como a realidade nacional é danosa e perigosa, vem o "jeitinho" para sobreviver a ela, que o Roberto da Matta dedicou uma obra inteira para explicar a origem.
Enquanto isso, nesse "todos contra todos" que se forma ao invés de canalizar os esforços para limpar essa bagunça, impera a admiração à realidade estrangeira apenas pelo fato de que outros povos/culturas simplesmente arregaçaram as mangas e fizeram o que tinha que se feito, enquanto o brasileiro (sim, na terceira pessoa) não consegue ou não quer fazer.
Sabe-se o que fazer, admira-se o que se deve fazer, mas não se faz, porque "é trabalhoso", "é difícil", "não dá" e etc...
Vale a pena dar uma olhada na história da Coréia do Sul, com foco especial no pós-guerra. Simplesmente passaram por várias turbulências políticas e econômicas verdadeiras, tiveram quase 10 golpes e 10 governos diferentes em 40 anos.
E tudo deu certo por lá, como vem dando.
Se aquilo não é uma fórmula do sucesso, então não sei o que é.
Nem recomendei ler sobre Cingapura, porque é um tapa na cara. É terminar de ler e correr para o aeroporto só com a roupa do corpo.
O complexo vai continuar e até mesmo aumentar, enquanto reinar a ignorância política, e a regra de que se deve votar "nos menos piores" ou no "rouba mas faz", justamente porque a política é levada na brincadeira, conduzida e formada por ignorantes, refletindo em um país fudido internamente.
Sobre os BRICS, tirando a Rússia e a China por razões históricas, militares e econômicas (talvez menos a Rússia nesse quesito), e talvez a Índia, o resto nem é levado a sério por qualquer key player da geopolítica.
Não é falta de patriotismo, é simplesmente a realidade: fatos.
Rotular o Brasil como o "país do futuro" já é feito desde a época do regime militar. E que futuro é esse que nunca chegou? Falta quanto tempo para ele chegar?
Ele nunca chegará enquanto essa realidade continuar dessa forma, e para vencê-la falta vontade. E a vontade falta porque a preguiça impera, e porque há muito interesse em que a população continue assim. E como a realidade nacional é danosa e perigosa, vem o "jeitinho" para sobreviver a ela, que o Roberto da Matta dedicou uma obra inteira para explicar a origem.
Enquanto isso, nesse "todos contra todos" que se forma ao invés de canalizar os esforços para limpar essa bagunça, impera a admiração à realidade estrangeira apenas pelo fato de que outros povos/culturas simplesmente arregaçaram as mangas e fizeram o que tinha que se feito, enquanto o brasileiro (sim, na terceira pessoa) não consegue ou não quer fazer.
Sabe-se o que fazer, admira-se o que se deve fazer, mas não se faz, porque "é trabalhoso", "é difícil", "não dá" e etc...
Vale a pena dar uma olhada na história da Coréia do Sul, com foco especial no pós-guerra. Simplesmente passaram por várias turbulências políticas e econômicas verdadeiras, tiveram quase 10 golpes e 10 governos diferentes em 40 anos.
E tudo deu certo por lá, como vem dando.
Se aquilo não é uma fórmula do sucesso, então não sei o que é.
Nem recomendei ler sobre Cingapura, porque é um tapa na cara. É terminar de ler e correr para o aeroporto só com a roupa do corpo.
O complexo vai continuar e até mesmo aumentar, enquanto reinar a ignorância política, e a regra de que se deve votar "nos menos piores" ou no "rouba mas faz", justamente porque a política é levada na brincadeira, conduzida e formada por ignorantes, refletindo em um país fudido internamente.
Sobre os BRICS, tirando a Rússia e a China por razões históricas, militares e econômicas (talvez menos a Rússia nesse quesito), e talvez a Índia, o resto nem é levado a sério por qualquer key player da geopolítica.