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A Real na Literatura Luso-Brasileira
Offline Ray Palmer
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***
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Tópicos: 10
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Registrado: Aug 2013
#10
02-05-2014, 10:59 PM
Não podemos nos esquecer do maior poeta português!

Soneto de Luís Vaz de Camões sobre o amor:

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo amor?

Resumo:

O poeta já começa ressaltando a natureza contraditória do amor. "Arde sem se ver, dói e não se sente...", ou seja, é interno, seus efeitos imediatos são invisíveis aos olhos dos outros, mas pra quem o experimenta as consequências são bem claras.

No segundo quarteto ele continua expondo a natureza contraditória do amor, e finaliza dizendo: "É cuidar que se ganha em se perder;", ou seja, amar, ou estar apaixonado, é se convencer que está ganhando algo enquanto na verdade se está perdendo.

O primeiro terceto ele já começa expondo o segredo da paixão, a conivência da "vítima". "É querer estar preso por vontade". A paixão faz com que o apaixonado queira estar apaixonado, e a mera propabilidade da paixão ser perdida causa desconforto no próprio apaixonado. Ele continua: "É servir a quem vence, o vencedor;". Não estou certo quanto a esta frase, mas me parece que o vencedor é o apaixonado, e quem "vence o vencedor" é justamente aquele que é o objeto de paixão. Ou seja, o apaixonado serve a quem o venceu, àquele que despertou sua paixão. Neste contexto, ele finaliza o primeiro terceto: "É ter por quem nos mata lealdade".

Ele finaliza como começou, ressaltando a contradição do amor. Como o amor, que desperta esse mundaréu de contradições no coração das pessoas, pode também despertar a união? Como esse sentimento pode fazer com que pessoas se unam?

Sou apenas um leitor leigo, os confrades mais experientes em literatura podem corrigir caso eu tenha falado besteira.
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A Real na Literatura Luso-Brasileira - por Rider - 02-05-2014, 08:45 PM

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