13-05-2013, 04:41 PM
Relato grande desculpem, quem não puder ler, os pontos principais estão no final. Acho importante esse tipo de relato.
Guerreiros, confrades... Desde que conheci a REAL mudei meu comportamento. Digo com orgulho que a REAL, para mim, é por em prática algo que já existia adormecido bem lá no fundo. Se alguém se lembrar de algum relato meu verá que comecei a trabalhar mais, exercícios, etc. Porém eu sempre soube que chegaria o momento em que a REALIDADE ia me bater com toda sua força, mesmo que de maneira sutil.
Desde o final do ano passado tenho me concentrado, é um esforço que nunca fiz antes, tive até medo de estar sendo paranoico... Mas agora vejo que paranoia é deixar a vida passar. Eu já tinha profissão (prefiro não revelar) e estou fazendo curso superior na área em que gosto, pelo orçamento/tempo curto tive que optar entre Jiu-jitsu (única coisa que tem por aqui) ou academia. Comecei no Jiu, mas logo troquei e estou malhando. Desliguei-me de falsas amizades (grossa maioria), parei de correr atrás de mulher e estou vencendo o cigarro. Porém esse final de semana resolvi sair da minha área de conforto:
Sexta feira:
Aniversário de um parente num lugar novo, achei boa a oportunidade de me dar uma folga. Porém o ambiente me pareceu meio hostil. Muita gente, muita bebida, mulheres... Confesso que tava com saudade. Por sorte achei um velho conhecido que, como eu, aprecia uma boa pinga. Sentou do meu lado e ficamos falando mal da música e reparando as mulheres. Então veio a primeira BOMBA: O meu parente tava indo toda hora no banheiro... Usar umas porcarias... Ah que droga!!! O cara tem a minha idade... Resolvi ficar na minha. Mais tarde vejo uma ex-interesse meu... Com um cara que já foi meu melhor amigo e que eu esperava reencontrar nessa festa. Porra, não da pra deixar de pensar se eles já não estavam juntos desde outras épocas, e que eu era o “inocente” da história. Colei com outro amigo, dai uma hora aparece a ex dele, e então ele vem falar comigo: Cara quem é o cara que ta com a Jane? (nome fictício). Quando eu olho, era o mesmo cara... Por mais triste que seja mandei a real: Cara não temos nada com isso, eles são livres, podem ta até fazendo suruba que não temos que ficar com isso na cabeça. Juntamos os velhos Brothers presentes e fomos pra um antigo ponto de encontro nosso jogar sinuca. O resto da noite foi jogar e beber, parecíamos irmãos, até que alguém roubou nossa cerveja (sério, as garrafas sumiram). Nos fomos nas mesas e conseguimos as garrafas de volta, como se aquele ponto ainda fosse nosso (isso vai ser importante mais pra frente). E fomos embora.
Sábado:
O dia anterior me incomodou muito, fiquei pensando: Todo esse esforço pra voltar no tempo? Eu sou um novo homem! Preciso de novos ares. Troquei uma ideia com alguns contatos e logo me chamaram pra um bar meio de rico. – Uma coisa que aprendi é esperar ser chamado ao invés de perguntar o que tem pra fazer, e bar “meio de rico” é um bar normal, não muito caro, que por coincidência muita gente rica frequenta – Galera diferente, alguns rostos familiares, mulheres que sabiam conversar (aqui não estou tratando de nenhum interesse, apenas dizendo que elas tinham assunto). A gente tava tão entrosado que fechamos o bar, então fomos para outro lugar comer antes de ir embora. Nesse lugar na hora de escolher o que comer eu e várias outras pessoas (a gente tava em 12) pedimos dos lanches mais baratos – Sei que não preciso explicar isso para os guerreiros, mas é pra encaixar melhor o contexto – Afinal não estava querendo gastar atoa e no fim de noite queria apenas algo que enchesse. Porém digamos que eu era o único com “cara de pobre”. Os lanches vieram de 3 em 3, e o meu veio com os últimos. Porém já tinha passado uns 20 minutos e o pessoal já tinham detonado os molhos. Nesse momento eu pedi mais molho pro garçom ao que veio a resposta: “Os molho que vem já ta ai!”... Ele estava se referindo aos molhos que já vem de brinde, parece uma coisa atoa, mas ele praticamente gritou comigo (foi bizarro, todo mundo olhou). Virei pro cara e falei: “Não perguntei isso, mandei trazer mais! Você só tem que por na minha conta!”... Então a coisa mais doida da noite, o sujeito insistiu e mandou um: “Por que? Você vai me bater?” Caras eu parei por alguns segundos, sem reação, e falei: “Vocês não vendem o molho a parte? (o cara confirmou), e eu: “Então eu não vou te bater, eu vou pagar...” Ele assentiu e trouxe os molhos... Moral da história: Queimei meu filme com possíveis contatos (não amigos, claro) e fiz papel de pobre barraqueiro.
Domingo:
Agora era questão de honra! Eu tinha que tirar um tempo pra me divertir. Fui ver o jogo na casa de um amigo meu (futebol na casa de um chegado, não tem erro). Acabei contando pra ele esses lances e ele falou pra gente ir pro bar da sinuca com a galera de novo. Segundo ele era uma zona de conforto, um pit-stop. Liguei pro pessoal, todo mundo tinha gostado de sexta, e fomos de novo. Ai a REALIDADE caiu como uma bomba... Mal comecei a jogar e um cara esbarrou no meu taco com a maior violência, a gente se encarou e o olho do bixo tava saltando, relevei. Daí então toda hora que eu ia pro lado da sinuca perto dele era aquela ameaça de confusão... Parecia coisa de colegial, eu fiquei pasmo com a folga do sujeito. Do nada me chega outro cara me tirando (característica minha, prefiro não mencionar, nada de importante) virei e minhas vistas escureceram, segurei o ombro do cara e ele segurou meu braço e começamos a discutir. Ele me soltou e afastou... Daí então ele mexeu com um cara parecido comigo, do mesmo jeito, então começaram a ir de 3 em 3 pro banheiro... CACETE!! A gente não tava no nosso antigo ponto, isso já era, a gente foi é parar no meio de algum esquema e eu ainda cacei briga com marginal... Quando eu olho o dono do bar já tinha fechado uma porta, e ficou um nego na outra. Meus parceiros começaram a ficar preocupados, me bateu um estalo, falei com os caras: “Continua jogando ai! Seis tem que segurar esses tacos mais firme!” (eles entenderam, os tacos eram a única arma disponível). Jogamos calmamente pra dar tempo de pensar, o cara veio e esbarrou em mim de novo, dessa vez não encarei. Tomei um gole de cerveja, comecei a pensar que era paranoia... SEGUNDA BOMBA: Começa uma briga no banheiro, chega um monte de nego de moto, o dono do bar some e fica esse povo na porrada. Fui pra porta mas tava cheia de gente agora. Entrou um pessoal estranho, pegaram o doidão que tava esbarrando em mim toda hora, levaram pra um canto e só deu pra ouvir: “Tu tem que deixar de ser esparrado anta!!!”, “Fica aqui e fica esperto”. Eu pensei nessa hora: Por que a gente não correu? Por que eu congelei? O que eu tava fazendo ali? Como esse lugar pode mudar tanto? O tumulto foi embora, o cara veio na minha direção com cara de ódio e disse: “Foi mal ae...” Agora sim era mais do que hora de ir embora, saímos e vimos uma mulher linda com uma criança chegando. Da pouca distância descobrimos que era mulher e filho do cara (ver pontos principais), e ele brigando dos dois terem aparecido, brigando com a mulher por ter trazido o filho, e ela falando que tava preocupada. Entramos no carro, eu tinha que fumar um cigarro antes de dar a partida... TERCEIRA BOMBA: De dentro do carro, com os nervos em choque, vi meu parente chegando de moto. Ele entrou no bar, abraçou o doido, pegou alguma coisa e foi embora...
Agora de madrugada escrevi isso por que não estou aguentando, tinha que por pra fora. Nesse meio tempo de concentração o mundo agora me é estranho, ou melhor, agora enxergo o mundo de verdade. Não tem pra onde fugir, só existe uma opção: ENCARAR!
Mas parando para analisar eu tomei VÁRIAS atitudes erradas, agora to com uma revolta muito grande e uma sensação de impotência. Por sorte eu não briguei, senão teria colocado eu e os outros no meio do tumulto.
Pontos principais:
1 – O mundo se tornou estranho, a gente tem que ter um “porto seguro”.
2 – Descobri que um parente próximo ta metido com coisa errada.
3 – Qual o limite tolerável para entrar num “fight”?
4 – Quando não tiver como sair da confusão, como proceder? E como aprender a controlar os nervos?
5 – Mais uma vez confirmado que mulher gosta é de marginal:
O cara que me encarou era mais ou menos assim:
E a mulher dele era tipo essa (sério, demorei pra achar uma imagem parecida):
E o muleque dele assim, só que com cabelo ruim:
Obrigado a quem tiver tido a paciência de ler, FORÇA E HONRA!
Guerreiros, confrades... Desde que conheci a REAL mudei meu comportamento. Digo com orgulho que a REAL, para mim, é por em prática algo que já existia adormecido bem lá no fundo. Se alguém se lembrar de algum relato meu verá que comecei a trabalhar mais, exercícios, etc. Porém eu sempre soube que chegaria o momento em que a REALIDADE ia me bater com toda sua força, mesmo que de maneira sutil.
Desde o final do ano passado tenho me concentrado, é um esforço que nunca fiz antes, tive até medo de estar sendo paranoico... Mas agora vejo que paranoia é deixar a vida passar. Eu já tinha profissão (prefiro não revelar) e estou fazendo curso superior na área em que gosto, pelo orçamento/tempo curto tive que optar entre Jiu-jitsu (única coisa que tem por aqui) ou academia. Comecei no Jiu, mas logo troquei e estou malhando. Desliguei-me de falsas amizades (grossa maioria), parei de correr atrás de mulher e estou vencendo o cigarro. Porém esse final de semana resolvi sair da minha área de conforto:
Sexta feira:
Aniversário de um parente num lugar novo, achei boa a oportunidade de me dar uma folga. Porém o ambiente me pareceu meio hostil. Muita gente, muita bebida, mulheres... Confesso que tava com saudade. Por sorte achei um velho conhecido que, como eu, aprecia uma boa pinga. Sentou do meu lado e ficamos falando mal da música e reparando as mulheres. Então veio a primeira BOMBA: O meu parente tava indo toda hora no banheiro... Usar umas porcarias... Ah que droga!!! O cara tem a minha idade... Resolvi ficar na minha. Mais tarde vejo uma ex-interesse meu... Com um cara que já foi meu melhor amigo e que eu esperava reencontrar nessa festa. Porra, não da pra deixar de pensar se eles já não estavam juntos desde outras épocas, e que eu era o “inocente” da história. Colei com outro amigo, dai uma hora aparece a ex dele, e então ele vem falar comigo: Cara quem é o cara que ta com a Jane? (nome fictício). Quando eu olho, era o mesmo cara... Por mais triste que seja mandei a real: Cara não temos nada com isso, eles são livres, podem ta até fazendo suruba que não temos que ficar com isso na cabeça. Juntamos os velhos Brothers presentes e fomos pra um antigo ponto de encontro nosso jogar sinuca. O resto da noite foi jogar e beber, parecíamos irmãos, até que alguém roubou nossa cerveja (sério, as garrafas sumiram). Nos fomos nas mesas e conseguimos as garrafas de volta, como se aquele ponto ainda fosse nosso (isso vai ser importante mais pra frente). E fomos embora.
Sábado:
O dia anterior me incomodou muito, fiquei pensando: Todo esse esforço pra voltar no tempo? Eu sou um novo homem! Preciso de novos ares. Troquei uma ideia com alguns contatos e logo me chamaram pra um bar meio de rico. – Uma coisa que aprendi é esperar ser chamado ao invés de perguntar o que tem pra fazer, e bar “meio de rico” é um bar normal, não muito caro, que por coincidência muita gente rica frequenta – Galera diferente, alguns rostos familiares, mulheres que sabiam conversar (aqui não estou tratando de nenhum interesse, apenas dizendo que elas tinham assunto). A gente tava tão entrosado que fechamos o bar, então fomos para outro lugar comer antes de ir embora. Nesse lugar na hora de escolher o que comer eu e várias outras pessoas (a gente tava em 12) pedimos dos lanches mais baratos – Sei que não preciso explicar isso para os guerreiros, mas é pra encaixar melhor o contexto – Afinal não estava querendo gastar atoa e no fim de noite queria apenas algo que enchesse. Porém digamos que eu era o único com “cara de pobre”. Os lanches vieram de 3 em 3, e o meu veio com os últimos. Porém já tinha passado uns 20 minutos e o pessoal já tinham detonado os molhos. Nesse momento eu pedi mais molho pro garçom ao que veio a resposta: “Os molho que vem já ta ai!”... Ele estava se referindo aos molhos que já vem de brinde, parece uma coisa atoa, mas ele praticamente gritou comigo (foi bizarro, todo mundo olhou). Virei pro cara e falei: “Não perguntei isso, mandei trazer mais! Você só tem que por na minha conta!”... Então a coisa mais doida da noite, o sujeito insistiu e mandou um: “Por que? Você vai me bater?” Caras eu parei por alguns segundos, sem reação, e falei: “Vocês não vendem o molho a parte? (o cara confirmou), e eu: “Então eu não vou te bater, eu vou pagar...” Ele assentiu e trouxe os molhos... Moral da história: Queimei meu filme com possíveis contatos (não amigos, claro) e fiz papel de pobre barraqueiro.
Domingo:
Agora era questão de honra! Eu tinha que tirar um tempo pra me divertir. Fui ver o jogo na casa de um amigo meu (futebol na casa de um chegado, não tem erro). Acabei contando pra ele esses lances e ele falou pra gente ir pro bar da sinuca com a galera de novo. Segundo ele era uma zona de conforto, um pit-stop. Liguei pro pessoal, todo mundo tinha gostado de sexta, e fomos de novo. Ai a REALIDADE caiu como uma bomba... Mal comecei a jogar e um cara esbarrou no meu taco com a maior violência, a gente se encarou e o olho do bixo tava saltando, relevei. Daí então toda hora que eu ia pro lado da sinuca perto dele era aquela ameaça de confusão... Parecia coisa de colegial, eu fiquei pasmo com a folga do sujeito. Do nada me chega outro cara me tirando (característica minha, prefiro não mencionar, nada de importante) virei e minhas vistas escureceram, segurei o ombro do cara e ele segurou meu braço e começamos a discutir. Ele me soltou e afastou... Daí então ele mexeu com um cara parecido comigo, do mesmo jeito, então começaram a ir de 3 em 3 pro banheiro... CACETE!! A gente não tava no nosso antigo ponto, isso já era, a gente foi é parar no meio de algum esquema e eu ainda cacei briga com marginal... Quando eu olho o dono do bar já tinha fechado uma porta, e ficou um nego na outra. Meus parceiros começaram a ficar preocupados, me bateu um estalo, falei com os caras: “Continua jogando ai! Seis tem que segurar esses tacos mais firme!” (eles entenderam, os tacos eram a única arma disponível). Jogamos calmamente pra dar tempo de pensar, o cara veio e esbarrou em mim de novo, dessa vez não encarei. Tomei um gole de cerveja, comecei a pensar que era paranoia... SEGUNDA BOMBA: Começa uma briga no banheiro, chega um monte de nego de moto, o dono do bar some e fica esse povo na porrada. Fui pra porta mas tava cheia de gente agora. Entrou um pessoal estranho, pegaram o doidão que tava esbarrando em mim toda hora, levaram pra um canto e só deu pra ouvir: “Tu tem que deixar de ser esparrado anta!!!”, “Fica aqui e fica esperto”. Eu pensei nessa hora: Por que a gente não correu? Por que eu congelei? O que eu tava fazendo ali? Como esse lugar pode mudar tanto? O tumulto foi embora, o cara veio na minha direção com cara de ódio e disse: “Foi mal ae...” Agora sim era mais do que hora de ir embora, saímos e vimos uma mulher linda com uma criança chegando. Da pouca distância descobrimos que era mulher e filho do cara (ver pontos principais), e ele brigando dos dois terem aparecido, brigando com a mulher por ter trazido o filho, e ela falando que tava preocupada. Entramos no carro, eu tinha que fumar um cigarro antes de dar a partida... TERCEIRA BOMBA: De dentro do carro, com os nervos em choque, vi meu parente chegando de moto. Ele entrou no bar, abraçou o doido, pegou alguma coisa e foi embora...
Agora de madrugada escrevi isso por que não estou aguentando, tinha que por pra fora. Nesse meio tempo de concentração o mundo agora me é estranho, ou melhor, agora enxergo o mundo de verdade. Não tem pra onde fugir, só existe uma opção: ENCARAR!
Mas parando para analisar eu tomei VÁRIAS atitudes erradas, agora to com uma revolta muito grande e uma sensação de impotência. Por sorte eu não briguei, senão teria colocado eu e os outros no meio do tumulto.
Pontos principais:
1 – O mundo se tornou estranho, a gente tem que ter um “porto seguro”.
2 – Descobri que um parente próximo ta metido com coisa errada.
3 – Qual o limite tolerável para entrar num “fight”?
4 – Quando não tiver como sair da confusão, como proceder? E como aprender a controlar os nervos?
5 – Mais uma vez confirmado que mulher gosta é de marginal:
O cara que me encarou era mais ou menos assim:
Spoiler:
E a mulher dele era tipo essa (sério, demorei pra achar uma imagem parecida):
Spoiler:
E o muleque dele assim, só que com cabelo ruim:
Spoiler:
Obrigado a quem tiver tido a paciência de ler, FORÇA E HONRA!
"Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio"
Não me impeça de ver o que anseio"