• Início
  • Portal
  • Pesquisar
  • Membros
  • Novas Respostas
  • Respostas de Hoje
  • Painel de Controle
  • Ajuda
Olá visitante!  Entrar   Registrar-se
Login
Nome de usuário
Senha: Senha Perdida?
 
Fórum do Búfalo Mulheres/Feminazismo/Relacionamentos Geralzão da Real Traduçao Realística - Legião Urbana - Eduardo e Mônica
  • 0 votos - 0 Média
  • 1
  • 2
  • 3
  • 4
  • 5
Modos de Tópico
Traduçao Realística - Legião Urbana - Eduardo e Mônica
Offline Angelo Henrique
Veterano
***
Mensagens: 425
Tópicos: 9
Curtido: 0 vezes em 0 posts
Posts que curtiu: 0
Registrado: Apr 2013
#1
04-12-2013, 10:52 AM
Confrades, quero compartilhar com vocês uma matéria interessante do site Whiplash (para quem não conhece, é um dos melhores sobre metal no país).

Trata-se de uma tradução realística da música Eduardo e Mônica do Legião Urbana.

Segue....

O falecido Renato Russo era, sem dúvida, um ótimo músico e um excelente letrista. Escreveu verdadeiras obras de arte cheias de originalidade e sentimento. Como artista engajado que era, defendia veementemente seus pontos de vista nas letras que criava. E por isso mesmo, talvez algumas delas excedam a lógica e o bom senso. Como no caso da música Eduardo e Mônica, do álbum "Dois" da Legião Urbana, de 1986, onde a figura masculina (Eduardo) é tratada sempre como alienada e inconsciente, enquanto a feminina (Mônica) é a portadora de uma sabedoria e um estilo de vida evoluidíssimos. analisemos o que diz a letra.

Logo na segunda estrofe, o autor insinua que Eduardo seja preguiçoso e indolente (Eduardo abriu os olhos mas não quis se levantar; Ficou deitado e viu que horas eram) ao mesmo tempo que tenta dar uma imagem forte e charmosa à Mônica (enquanto Mônica tomava um conhaque noutro canto da cidade como eles disseram). Ora, se esta cena tiver se passado de manhã como é provável, Eduardo só estaria fazendo sua obrigação: acordar. Já Mônica revelaria-se uma cachaceira profissional, pois virar um conhaque antes do almoço é só para quem conhece muito bem o ofício.

Mais à frente, vemos Russo desenhar injustamente a personalidade de Eduardo de maneira frágil e imatura (Festa estranha, com gente esquisita). Bom, "Festa estranha" significa uma reunião de porra-loucas atrás de qualquer bagulho para poderem fugir da realidade com a desculpa esfarrapada de que são contra o sistema. "Gente esquisita" é, basicamente, um bando de sujeitos que têm o hábito gozado de dar a bunda após cinco minutos de conversa. Também são as garotas mais horrorosas da via-láctea. Enfim, esta era a tal "festa legal" em que Eduardo estava. O que mais ele podia fazer? Teve que encher a cara pra agüentar aquele pesadelo, como veremos a seguir.

Assim temos (- Eu não estou legal. Não agüento mais birita). Percebe-se que o jovem Eduardo não está familiarizado com a rotina traiçoeira do álcool. É um garoto puro e inocente, com a mente e o corpo sadios. Bem ao contrário de Mônica, uma notória bêbada sem-vergonha do underground.

Adiante, ficamos conhecendo o momento em que os dois protagonistas se encontraram (E a Mônica riu e quis saber um pouco mais Sobre o boyzinho que tentava impressionar). Vamos por partes: em "E a Mônica riu" nota-se uma atitude de pseudo-superioridade desumana de Mônica para com Eduardo. Ela ri de um bêbado inexperiente! Mais à frente, é bom esclarecer o que o autor preferiu maquiar. Onde lê-se "quis saber um pouco mais" leia-se" quis dar para"! É muita hipocrisia tentar passar uma imagem sofisticada da tal Mônica.

A verdade é que ela se sentiu bastante atraída pelo "boyzinho" que tentava impressionar"! É o máximo do preconceito leviano se referir ao singelo Eduardo como "boyzinho". Não é verdade. Caso fosse realmente um playboy, ele não teria ido se encontrar com Mônica de bicicleta, como consta na quarta estrofe (Se encontraram então no parque da cidade A Mônica de moto e o Eduardo de camelo). Se alguém aí age como boy, esta seria Mônica, que vai ao encontro pilotando uma ameaçadora motocicleta. Como é sabido, aos 16 (Ela era de Leão e ele tinha dezesseis) todo boyzinho já costuma roubar o carro do pai, principalmente para impressionar uma maria-gasolina como Mônica.

E tem mais: se Eduardo fosse mesmo um playboy, teria penetrado com sua galera na tal festa, quebraria tudo e ia encher de porrada o esquisitão mais fraquinho de todos na frente de todo mundo, valeu?

Na ocasião do seu primeiro encontro, vemos Mônica impor suas preferências, uma constante durante toda a letra, em oposição a uma humilde proposta do afável Eduardo (O Eduardo sugeriu uma lanchonete Mas a Mônica queria ver filme do Godard). Atitude esta, nada democrática para quem se julga uma liberal.

Na verdade, Mônica é o que se convencionou chamar de P.I.M.B.A (Pseudo Intelectual Metido à Besta e Associados, ou seja, intelectuerdas, alternativos, cabeças e viadinhos vestidos de preto em geral), que acham que todo filme americano é ruim e o que é bom mesmo é filme europeu, de preferência francês, preto e branco, arrastado para caralho e com bastante cenas de baitolagem.

Em seguida Russo utiliza o eufemismo "menina" para se referir suavemente à Mônica (O Eduardo achou estranho e melhor não comentar. Mas a menina tinha tinta no cabelo). Menina? Pudim de cachaça seria mais adequado. Ainda há pouco vimos Mônica virar um Dreher na goela logo no café da manhã e ele ainda a chama de menina? Além disto, se Mônica pinta o cabelo é porque é uma balzaca querendo fisgar um garotão viril. Ou então porque é uma baranga escrota.

O autor insiste em retratar Mônica como uma gênia sem par. (Ela fazia Medicina e falava alemão) e Eduardo como um idiota retardado (E ele ainda nas aulinhas de inglês). Note a comparação de intelecto entre o casal: ela domina o idioma germânico, sabidamente de difícil aprendizado, já tendo superado o vestibular altamente concorrido para Medicina. Ele, miseravelmente, tem que tomar aulas para poder balbuciar "iéis", "nou" e "mai neime is Eduardo"! Incomoda como são usadas as palavras "ainda" e "aulinhas", para refletir idéias de atraso intelectual e coisa sem valor, respectivamente.

Na seqüência, ficamos a par das opções culturais dos dois (Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus, De Van Gogh e dos Mutantes, De Caetano e de Rimbaud). Temos nesta lista um desfile de ícones dos P.I.M.B.A., muito usados por quem acha que pertence a uma falsa elite cultural. Por exemplo, é tamanha uma pretensa intimidade com o poeta Manuel de Souza Carneiro Bandeira Filho, que usou-se a expressão "do Bandeira". Francamente, "Bandeira" é aquele juiz que fica apitando impedimento na lateral do campo. O sujeito mais normal dessa moçada aí cortou a orelha por causa de uma sirigaita qualquer. Já viu o nível, né? Só porra-louca de primeira. Tem um outro peroba aí que tem coragem de rimar "Êta" com "Tiêta" e neguinho ainda diz que ele é gênio!

Mais uma vez insinua-se que Eduardo seja um imbecil acéfalo (E o Eduardo gostava de novela) e crianção (E jogava futebol de botão com seu avô). A bem da verdade, Eduardo é um exemplo. Que adolescente de hoje costuma dar atenção a um idoso? Ele poderia estar jogando videogame com garotos de sua idade ou tentando espiar a empregada tomar banho pelo buraco da fechadura, mas não. Preferia a companhia do avô em um prosaico jogo de botões! É de tocar o coração. E como esse gesto magnânimo foi usado na letra? Foi só para passar a imagem de Eduardo como um paspalho energúmeno. É óbvio, para o autor, o homem não sabe de nada. Mulher sim, é maturidade pura.

Continuando, temos (Ela falava coisas sobre o Planalto Central, Também magia e meditação). Falava merda, isso sim! Nesses assuntos esotéricos é onde se escondem os maiores picaretas do mundo. Qualquer chimpanzé lobotomizado pode grunhir qualquer absurdo que ninguém vai contestar. Por que? Porque não se pode provar absolutamente nada. Vale tudo! É o samba do crioulo doido. E quem foi cair nessa conversa mole jogada por Mônica? Eduardo é claro, o bem intencionado de plantão. E ainda temos mais um achincalhe ao garoto (E o Eduardo ainda estava no esquema escola - cinema - clube - televisão). O que o Sr. Russo queria? Que o esquema fosse "bar da esquina - terreiro de macumba - sauna gay - delegacia"?? E qual é o problema de se ir a escola?!?

Em seguida, já se nota que Eduardo está dominado pela cultura imposta por Mônica (Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia, teatro, artesanato e foram viajar). Por ordem:

1) Teatro e artesanato não costumam pagar muito imposto.

2) Teatro e artesanato não são lá as coisas mais úteis do mundo.

3) Quer saber? Teatro e artesanato é coisa de viado!!!

Agora temos os versos mais cretinos de toda a letra (A Mônica explicava pro Eduardo Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar). Mais uma vez, aquela lengalenga esotérica que não leva a lugar algum. Vejamos: Mônica trabalha na previsão do tempo? Não. Mônica é geóloga? Não. Mônica é professora de química? Não. A porra da Mônica é alguma aviadora? Também não. Então que diabos uma motoqueira transviada pode ensinar sobre céu, terra, água e ar que uma muriçoca não saiba?

Novamente, Eduardo é retratado como um debilóide pueril capaz de comprar alegremente a Torre Eiffel após ser convencido deste grande negócio pelo caô mais furado do mundo. Santa inocência... Ainda em (Ele aprendeu a beber), não precisa ser muito esperto pra sacar com quem... é claro, com a campeã do alambique! Eduardo poderia ter aprendido coisas mais úteis, como o código morse ou as capitais da Europa, mas não. Acharam melhor ensinar para o rapaz como encher a cara de pinga. Muito bem, Mônica! Grande contribuição!

Depois, temos (deixou o cabelo crescer). Pobre Eduardo. Àquela altura, estava crente que deixar crescer o cabelo o diferenciaria dos outros na sociedade. Isso sim é que é ativismo pessoal. Já dá pra ver aí o estrago causado por Mônica na cabeça do iludido Eduardo.

Sempre à frente em tudo, Mônica se forma quando Eduardo, o eterno micróbio, consegue entrar na universidade (E ela se formou no mesmo mês em que ele passou no vestibular). Por esse ritmo, quando Eduardo conseguir o diploma, Mônica deverá estar ganhando o seu oitavo prêmio Nobel.

Outra prova da parcialidade do autor está em (porque o filhinho do Eduardo tá de recuperação). É interessante notar que é o filho do Eduardo e não de Mônica, que ficou de segunda época. Em suma, puxou ao pai e é burro que nem uma porta.

O que realmente impressiona nesta letra é a presença constante de um sexismo estereotipado. O homem é retratado como sendo um simplório alienado que só é salvo de uma vida medíocre e previsível graças a uma mulher naturalmente evoluída e oriunda de uma cultura alternativa redentora. Nesta visão está incutida a idéia absurda que o feminino é superior e o masculino, inferior. É sabido que em todas culturas e povos existentes o homem sempre oprimiu a mulher. Porém, isso não significa, em hipótese alguma, que estas sejam melhores que os homens. São apenas diferentes. Se desde o começo dos tempos o sexo feminino fosse o dominador e o masculino o subjugado, os mesmos erros teriam sido cometidos de uma maneira ou de outra. Por que? Ora, porque tanto homens quanto mulheres e colunistas sociais fazem parte da famigerada raça humana. E é aí que sempre morou o perigo. Não importa que seja Eduardo, Mônica ou até... Renato!

Fonte: Legião Urbana - Eduardo e Mônica, Uma Análise Psico-Neurótica http://whiplash.net/materias/humor/00012...z2mVvYIyaN


Ps.: Não encontrei tópico que abordasse essa matéria, caso seja repetida....moderação, por gentileza apague.
[+]
  •
Procurar
Responder
Offline Conrad
Homem livre
***
Mensagens: 1,508
Tópicos: 27
Curtido: 77 vezes em 60 posts
Posts que curtiu: 116
Registrado: Feb 2013
#2
04-12-2013, 11:20 AM
Caralho que foda, olha quem escreveu, um tiozao de 71 anos!
[+]
  •
Procurar
Responder
Offline barãozin
Num sei di nada
*****
Mensagens: 7,467
Tópicos: 562
Curtido: 273 vezes em 145 posts
Posts que curtiu: 41
Registrado: Oct 2011
#3
04-12-2013, 11:29 AM
[Imagem: aplauso.gif]
Acima de tudo, reze o terço.

===

Pergunta aí: https://ask.fm/baraokageyama
Facebook
Canal do Búfalo: http://canal.bufalo.info
Twitter pra eu usar pra nada de útil

===

Ajude o Voz da Real no nosso APOIA-SE! De forma anônima e com um valor mais barato do que uma cervejinha, você pode fazer sua parte em espalhar a Real. As contribuições serão usadas para melhorar a qualidade de som dos podcasts, pela manutenção do fórum e do canal e futuramente, quem sabe, para fazer rifas tendo como prêmio garotas de programa versadas em marxismo (ou escola austríaca, fica ao gosto do freguês). APOIE HOJE! ↴
https://apoia.se/podcastvozdareal


Pensando em comprar um livro ou algum bagulho na Amazon? Me chame por MP que eu gero um link especial pra vc. Com isso, você além de tá comprando seu produtinho, vai tá ajudando com alguns trocados a manutenção do Fórum, do Voz da Real e quem sabe mais pra frente, dará até pra realizar sorteios por aqui tendo como prêmio prostitutas versadas em marxismo para vocês. Caso queiram comprar livro, dá uma conferida nessa listinha aqui.
[+]
  •
Website Procurar
Responder
Offline J. Martins
Búfalo
**
Mensagens: 231
Tópicos: 16
Curtido: 0 vezes em 0 posts
Posts que curtiu: 0
Registrado: Apr 2013
#4
04-12-2013, 12:31 PM
(04-12-2013, 11:29 AM)barão_kageyama Escreveu: [Imagem: aplauso.gif]

[2]
Sem mais.
" 'Dá-me tua pequena verdade, mulher ! ' - eu
disse . E a pequena velha mulher falou assim:
'Frequentas as mulheres? Não te esqueças do
açoite!' Assim falava Zaratustra . " ( Nietzsche)
[+]
  •
Procurar
Responder
Offline DomRealista
Sargento da Real
***
Mensagens: 318
Tópicos: 4
Curtido: 0 vezes em 0 posts
Posts que curtiu: 0
Registrado: Oct 2012
#5
04-12-2013, 01:45 PM
undefined
[+]
  •
Procurar
Responder
Destro
Curioso
 
#6
04-12-2013, 02:00 PM
Eu já tinha reparado nesta música que o homem é o merda e a mulher a fodona ,mas a análise foi incrível .
[+]
  •
Responder
Offline Homem de Gelo
Ένας για όλους, όλοι
***
Mensagens: 918
Tópicos: 9
Curtido: 0 vezes em 0 posts
Posts que curtiu: 0
Registrado: Dec 2012
#7
04-12-2013, 08:24 PM
E o que a gente mais ve hoje em dia é isso: esteriotipos negativos a respeito do homem em face a uma mulher fodona.
[+]
  •
Procurar
Responder
Ausente Albert
Aspira
Mensagens: 3
Tópicos: 0
Curtido: 0 vezes em 0 posts
Posts que curtiu: 0
Registrado: Nov 2013
#8
11-12-2013, 01:25 AM
Caralho que foda... muito louco isso, sacanagem essa ideia que a mulher tem que ser superior, fico muito revoltado quando observo esse tipo de situação, o homem tratado como o safado, pilantra que tem que fazer a vontade das mulheres enquanto estas são tidas como santas. E no final das contas ninguém é melhor que ninguém, elas tanto reclamam por direitos iguais, porém em seus discursos sempre estão presentes pensamentos do tipo: "Não precisamos dos homens somos melhores" e tentam nos rebaixar.
[+]
  •
Procurar
Responder


Possíveis Tópicos Relacionados...
Tópico: Autor Respostas: Visualizações: Última Mensagem
Brick Porque procrastinadores procrastinam [Tradução] Josey Wales 2 1,054 20-05-2018, 12:41 AM
Última Mensagem: Gilgamesh
Bug (Ajuda realística) Problemas sociais e internos Hórus 28 5,916 15-05-2016, 07:45 AM
Última Mensagem: Czar
  Expertise ( o que tem em comum Eduardo Cunha, Sergio Moro e Michel Temer? LUDAVIAL 0 1,223 30-03-2016, 10:02 AM
Última Mensagem: LUDAVIAL
  [tradução] A importância de um pai (segundo a ciência) Dumont 17 3,729 30-11-2015, 08:06 PM
Última Mensagem: Gilgamesh
  Publicação realística de Olavo de Carvalho no FB. Lúcio 0 711 09-10-2015, 09:52 PM
Última Mensagem: Lúcio

Facebook   Twitter  


usuários a ver este tópico:
1 Visitante(s)

  •  
  • Voltar ao Topo  
  • Modo Leve (Arquivo)  
Theme © 2014 iAndrew
Suportado Por MyBB, © 2002-2025 MyBB Group.
Modo Linear
Modo listagem
Ver Vista de Impressão
Subscrever este tópico
Adicionar Pesquisa para esse tópico
Enviar tópico para um amigo